quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Diretório comandado por Alves embolsou R$ 5 milhões da OAS e Queiroz Galvão

A OAS e a Queiroz Galvão, empresas envolvidas no suposto esquema de desvio de dinheiro da Petrobras, doaram R$ 5 milhões para o Diretório Estadual do PMDB, presidido pelo candidato a governador Henrique Eduardo Alves. E, desse valor, mais de R$ 1 milhão foram repassados a campanha do próprio Henrique. A informação foi veiculada na manhã de hoje pelo portal de notícias Universo Online, do Grupo Folha de S. Paulo. Foram R$ 3 milhões da OAS e R$ 2 milhões da Queiroz Galvão.
Henrique foi citado ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros, como suposto beneficiário de propinas pagas com sobra de recursos oriundos de contratos bilionários superfaturados da Petrobras. Ao todo, o ex-diretor da Petrobras afirmou, em depoimento, segundo a revista, que 12 políticos estiveram envolvidos em esquema de corrupção na estatal. Além de Henrique e Renan, foram citados o ex-governador do RJ, Sérgio Cabral, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte, e os senadores Ciro Nogueira e Romero Jucá, e os deputados Cândido Vacarrezza e João Pizzolatti.

Procurado pela reportagem do UOL, Henrique Alves e seus assessores não atenderam às ligações. Ontem, ele usou seu programa eleitoral na TV para rebater as acusações de envolvimento em um suposto esquema de corrupção na Petrobras. “Não existe ali nenhuma denúncia contra mim fundamentada em provas, documentos ou testemunhas”, disse. Segundo reportagem publicada pela revista “Veja” no último sábado 6, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou, em delação premiada a procuradores federais, que políticos do PMDB, PP, PT e PSB receberam propina de empreiteiras que firmaram contratos com a estatal – entre elas, OAS e Queiroz Galvão. O montante que teria sido desviado da estatal apenas para propinas chegaria a 3% dos contratos – cifras bilionárias.

Diversas construtoras investigadas na Operação Lava Jato da Polícia Federal fizeram doações de campanha, a exemplo da OAS, Queiroz Galvão, UTC Engenharia, Camargo Corrêa, Engevix e Galvão Engenharia. Além de Henrique, outros nomes revelados na delação foram associados a doações de campanha. Cândido Vaccarezza, candidato à reeleição, recebeu diretamente R$ 150 mil da UTC. “Sou amigo há muitos anos do dono da UTC. Ele já doou para mim na outra eleição (de 2014). A UTC doa para todo mundo, pode ver. Não estou sendo investigado e não tenho nada com o Paulo Roberto Costa”, disse ao UOL.

Herdeiro político de Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, candidato ao governo do Rio de Janeiro, recebeu, por meio do comitê de campanha, R$ 3 milhões da OAS e R$ 1,5 milhão da Queiroz Galvão. Filho de Renan Calheiros, o candidato ao governo de Alagoas Renan Filho (PMDB) recebeu, ao todo, R$ 2,8 milhões das empreiteiras investigadas –R$ 1,6 milhão da OAS, R$ 500 mil da UTC, R$ 457 mil da Camargo Corrêa e R$ 230 mil da Queiroz Galvão.

Já o diretório alagoano do PMDB recebeu R$ 7,6 milhões –R$ 3,3 milhões Camargo Corrêa, R$ 2 milhões da OAS, R$ 1,8 milhão da Queiroz Galvão e R$ 500 mil da UTC. O senador Romero Jucá não é candidato, já que possui mais quatro anos de mandato. A direção do PMDB em Roraima, Estado do parlamentar, recebeu R$ 600 mil em doações da OAS. Mesma situação ocorre com o senador Ciro Nogueira. O diretório do PP no Piauí ganhou R$ 500 mil da OAS.

O deputado João Pizzolatti Filho desistiu de tentar a reeleição após ter a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral. O filho dele, João Pizzolatti Neto (PP-SC), indicado pelo pai para disputar uma vaga na Câmara, recebeu R$ 100 mil da OAS, mais da metade do total que já arrecadou em doações (R$ 178 mil). Mário Negromonte não disputará nenhum cargo, mas seu filho, o deputado estadual Mário Negromonte Jr. (PP-BA), que concorre ao cargo de deputado federal, recebeu R$ 200 mil da OAS e R$ 100 mil da UTC.

Aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Norte, silenciaram na manhã de ontem sobre a citação do nome do aliado na delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, conforme revelado pela revista Veja. O presidente do DEM, senador José Agripino Maia, o deputado federal Felipe Maia (DEM), o deputado federal João Maia, presidente estadual do PR, e a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, presidente estadual do PSB, preferiram não abordar o tema, considerado delicado para a campanha do candidato peemedebista.

OUTRO LADO
O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, afirmou que não há irregularidade em receber doações de empreiteiras suspeitas de pagar propina a políticos de sua sigla. “Todas as doações são legais. Não vejo o menor obstáculo para essas doações. Não vejo diferença em receber de empreiteira, banco, mineradora, empreiteira, montadora. O grande câncer das eleições é o caixa dois.”

Henrique Alves e seus assessores também não atenderam às ligações feitas pela reportagem. Ontem, ele usou seu programa eleitoral na TV para rebater as acusações de envolvimento em um suposto esquema de corrupção na Petrobras.”Não existe ali nenhuma denúncia contra mim fundamentada em provas, documentos ou testemunhas”, disse. A reportagem ligou na noite desta terça-feira (9) para os diretórios estaduais do PP na Bahia e em Santa Catarina, mas ninguém atendeu aos telefonemas. No gabinete de Negromonte Jr. ninguém foi localizado.

Procuradas, OAS, UTC, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Engevix afirmaram que todas as doações seguem a legislação eleitoral. A Galvão Engenharia não respondeu ao contato feito pela reportagem. Sobre as investigações, a Camargo Corrêa afirmou que “já esclareceu anteriormente que não fez pagamentos a empresas com quem não tenha contratos legalmente estabelecidos e executados, muito menos com fins de repasse a políticos”.

Fonte: Jornal de Hoje

MST garante reuniões, mas promete repetir mobilizações

Duas reuniões estão marcadas para amanhã, 12, e segunda-feira, dia 15, após os bloqueios de trabalhadores do Movimento Sem Terra (MST) durante doze horas em sete pontos de rodovias no Estado. O primeiro encontro corresponde à principal reivindicação do grupo para liberação das rodovias ontem: uma reunião junto a um representante da direção nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Apesar de confirmado o encontro, assentados e acampados do MST garantem que a sexta-feira amanhecerá novamente com bloqueios, pelo menos, nos mesmos pontos de ontem.


Os bloqueios atingiram três das principais rodovias federais do Estado (BRs 101, 304 e 406), prejudicando durante uma média de 10 horas o trânsito entre a capital e todas as regiões do interior potiguar. Segundo o MST, a RN 307, que liga os municípios de Extremoz e Ceará-Mirim, também foi bloqueada. Motoristas de ônibus no terminal rodoviário de Natal citaram a interrupção, mas o Comando de Polícia Rodoviária Estadual disse não ter recebido qualquer chamado para o local.

Devido à manifestação, a governadora do Estado, Rosalba Ciarlini, se reúne hoje com o prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior, para discutir as reivindicações. Amanhã é a vez do representante nacional do Incra receber o MST e, na segunda, o grupo será recebido pela governadora.

Segundo Lucenilson Ângelo, representante do MST, que estava no bloqueio da BR-406, em Ceará-Mirim, na altura da comunidade de Massaranduba, estão entre as reivindicações do MST: a desapropriação do complexo açucareiro de Ceará-Mirim e de áreas ocupadas por acampamentos há mais de dez anos; infraestrutura para os assentamentos junto ao Governo do Estado, voltado à Educação, Saúde e Lazer; e a abertura da Central de Comercialização da Agricultura Familiar, na avenida Capitão Mor Gouveia.

Neide Cordeiro, representante do grupo na parada da BR-304, em Macaíba, acrescenta às reivindicações mais um ponto: discutir mudança na superintendência do Incra no Estado, porque o atual dirigente, Vinícius Ferreira estaria se negando a negociar com o MST. Ouvido pela reportagem, Vinícius Ferreira disse que não recebeu nova pauta de reivindicação do Movimento e a quem tem é antiga.

A maioria das interrupções teve início às 5h, mas de acordo com Lucenilson o primeiro começou às 3h30, da BR-406, em João Câmara. A liberação das vias começou por volta das 14h, da BR-304 em Mossoró, e a última, da BR-101 em Maxaranguape, pouco depois das 17h.

Durante toda a interdição das rodovias, apenas ambulâncias e veículos com pessoas com problemas de saúde foram autorizados a passar. A Polícia Rodoviária Federal esteve presente em todos os bloqueios acompanhando as manifestações.

Um dos bloqueios que mais complicou a vida dos motoristas foi o da altura da comunidade de Massaranduba, por falta de rotas alternativas. No local, cerca de 100 trabalhadores rurais bloquearam a BR-406 com areia, pneus e galhos. O clima era tranquilo, apesar do descontentamento dos motoristas que aguardavam o retorno do tráfego, principalmente condutores de caminhões, carretas e ônibus.No bloqueio na BR-304, entre Macaíba e Santa Maria, o clima era um pouco mais agitado, com queima de pneus, ânimos exaltados e a rodovia fechada por uma barreira de galhos, pneus e fumaça. Segundo a PRF, estavam reunidos cerca de 150 pessoas, mas o MST indicou 400 participantes.

Dilma e Marina estão empatadas no 1º e 2º turnos, aponta o Datafolha

Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) permanecem empatadas no primeiro turno da eleição presidencial. A novidade é que o empate, dentro da margem de erro, também ocorre no segundo turno, apontou hoje (10) a mais nova pesquisa do Datafolha. Segundo o instituto, Dilma tem 36% das intenções de voto, contra 33% de Marina. Aécio Neves (PSDB) tem 15%.
No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 3, Dilma tinha 35%, Marina, 34%, e Aécio, 14%. Segundo o Datafolha, é a primeira vez que Marina tem oscilação negativa em suas intenções de voto desde que entrou oficialmente na disputa.
Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV) tiveram 1%, cada. Os demais candidatos não pontuaram. 
Brancos e nulos somaram 6% e não sabe 7%.

Segundo turno
A pesquisa desta quarta-feira aponta três cenários de segundo turno: Marina vence Dilma por 47% a 43%. Na semana passada, o confronto marcava 48% a 41%, a favor de Marina. A diferença entre as duas caiu de 7 para 4 pontos percentuais.
Marina vence Aécio por 54% a 30%. Na semana passada, a vitória de Marina se dava por 56% a 28%.

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Na simulação de segundo turno entre Dilma e Aécio, a petista vence por 49% a 38%, mesmos índices da semana anterior.
O Datafolha ouviu 10.568 eleitores em 373 municípios nos dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 
O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00584/2014.

Operação da PM prende suspeitos de tráfico de drogas na Grande Natal

Uma operação realizada pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, prendeu na manhã desta quinta-feira (11) quatro homens suspeitos de tráfico de drogas na comunidade Pau Brasil, no município de São José de Mipibu, na Grande Natal. De acordo com a PM, também foram apreendidos entorpecentes, armas e dinheiro. A ação foi denominada Operação Independência.

De acordo com o tenente Marcelo Queiroz, também participaram da operação policiais da Força Tática da PM de São José de Mipibu. "Recebemos a informação e organizamos a abordagem para a captura dos suspeitos, que não resistiram. Com eles, encontramos várias porções de maconha, crack e loló, que podem chegar a três quilos, um revólver calibre 38, uma carabina, uma pistola calibre 765 e um colete à prova de balas", acrescentou.
Ainda de acordo com o oficial, a polícia encontrou uma quantia de dinheiro fracionado com os suspeitos. "Foram apreendidos pelo menos R$ 1.500, que provavelmente são fruto da comercialização de drogas", explicou. Os presos foram encaminhados para a Delegacia de São José de Mipibu.
Ainda segundo Queiroz, a operação foi batizada de 'Independência' em alusão ao dia 7 de Setembro.