terça-feira, 22 de maio de 2012

Operador de som de Aviões do Forró sofre choque após show na Paraíba

Operador de som desmontava aparelhos do palco no momento do choque.
Assessoria de imprensa da banda informou que foi apenas um susto. 


Aviões do Forró (Foto: Divulgação) 
Banda Aviões do Forró se apresentou no domingo
em Santa Rita (Foto: Divulgação)
Um operador de som da banda Aviões do Forró sofreu um choque elétrico nesta terça-feira (22) após o show do grupo em Santa Rita, na Grande João Pessoa. A assessoria de imprensa da banda de forró disse que o incidente foi apenas um susto.
Na segunda-feira (21), o grupo Aviões do Forró se apresentou em Santa Rita e nesta terça, no momento que a equipe técnica desmontava os equipamentos que estavam no palco, um operador de som da banda acabou sofrendo uma descarga elétrica. Ele ainda desmaiou e foi encaminhado para Unidade de Pronto Atendimento de Santa Rita.
A assessoria de imprensa da banda informou que o operador está bem e que na manhã desta terça vai embarcar com o grupo para Pacajus (CE), cidade da próxima apresentação da banda Aviões do Forró. Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local para detectar o que poderia ter provocado a descarga elétrica. A assessoria disse ainda que está aguardando o laudo do Corpo de Bombeiros.

Justiça determina que Estado e Município ampliem leitos de UTI


Os desembargadores da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RN mantiveram, à unanimidade de votos, a sentença da 1ª Vara da Fazenda Pública, a qual determinou, entre outras ações, que Estado e Município instalem ou ampliem, dentro de suas respectivas competências, os leitos de UTI, conforme determinado pela Portaria Ministerial nº 1.101/2002, em um percentual de no mínimo 7% dos leitos totais, abrangendo os grupos etários adulto, pediátrico e neonatal, levando em consideração a população existente.

De acordo com o relator do processo, desembargador João Rebouças, aplicando os parâmetros da portaria nº 1.101/2002, o Estado não possui a quantidade leitos de UTI necessários. Deveriam existir, no mínimo, de 300 a 360 leitos instalados, sendo que destes, de 77 a 94 deveriam estar no município de Natal. Nos autos do processo o Ministério Público - autor da ação - informou que no RN existem apenas 363 leitos de UTI, sendo 246 hospitais privados. Levando em consideração a portaria, a quantidade necessária seria de, pelo menos, 655 de leitos para a população do RN.

Em sua defesa, o Estado afirmou a existência de um planejamento para melhorar o atendimento de leitos de UTI, apontando a contratação na rede privada e a realização de concurso público. O município de Natal alegou que cumpri a portaria e pediu a improcedência do pedido do Ministério Público.

Segundo o desembargador João Rebouças, no que toca aos recursos financeiros para a implementação das melhorias no atendimento hospitalar de que trata a ação civil pública, tanto o município de Natal quanto o Estado, recebem recursos federais para gerir de forma plena o sistema Única de Saúde.

"O que não se admite é que, por conta das ineficiências administrativas, o Poder Público, seja ele Federal, Estadual ou Municipal, deixe de dispor de quantidade suficiente e necessária de leitos em UTI, pois, caso contrário, estaria violando, além dos dispositivos constitucionais, o princípio fundamental da República Federativa do Brasil atinente, repita-se, à dignidade da pessoa humana. (…) imperiosa é a manutenção da sentença submetida à apreciação desse colegiado que determinou a instalação ou ampliação dos leitos de UTI, conforme determinado pela portaria nº 1.101/2002, em seu percentual de no mínimo 7% dos leitos totais", destacou o relator do processo.

Processo nº 2011.015060-8

Fonte: TJ/RN

Nos dias 01, 02 e 06/Junho acontece o Arraiá do Vavá

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Arraiá do Vavá

Data: 01/06 Hora: 22:00 Local: Shock Show


Wilma de Faria decidiu se guardar para 2014



Em reunião com vereadores do PSB, a professora Wilma de Faria formalizou o que muita gente já desconfiava, ou seja, não é mais pré-candidata à Prefeitura de Natal.

O PSB deverá indicar o vice do Carlos Eduardo Alves (PDT) e a ex-governadora sinalizou a possibilidade de disputar uma cadeira de deputado federal nas eleições estaduais.

Essa história de Câmara dos Deputados é puro despiste. Na verdade, Wilma de Faria alimenta o desejo de concorrer ao governo ou ao Senado da República. Há muito tempo ela monitora o quadro estadual por meio de pesquisas e o nome dela já surge como candidatura viável contra Rosalba Ciarlini.

O desgaste de Rosalba converte-se em intenção de voto para Wilma, fenômeno parecido com o que ocorreu entre Micarla e Carlos Eduardo Alves.

Wilma também enche os olhos quando o assunto é o Senado. Ela não engole a derrota sofrida para José Agripino Maia e Garibaldi Filho, vencida de forma fragorosa em Natal.

Os resquícios da última eleição se fazem presente às vésperas do pleito municipal: Wilma não conseguiu superar a intenção de votos em Carlos Eduardo e sempre apareceu em segundo lugar nas pesquisas de opinião estacionada no patamar dos 17%.

Além disto, Wilma de Faria teve de sopesar os problemas que enfrenta na Justiça [ela é ré no julgamento das fraudes ocorridas na inspeção veicular ao lado do filho Lauro Maia, que também é réu no processo da Hígia] e o desprestígio que amarga hoje no PSB [está claro e notório que o governador Eduardo Campos, presidente nacional da legenda, prioriza o grupo da deputada Sandra Rosado no Estado].

Patinando no segundo lugar das pesquisas de opinião, enfrentando problemas na Justiça e amargando desprestígio no PSB, só restou a Wilma desistir da eleição em Natal. Ela corria o risco de sepultar de vez sua carreira política.

Wilma fará o jogo de Carlos Eduardo Alves. O nome do vice será prerrogativa dela. Júlia Arruda é o da preferência do pedetista, mas Wilma deverá indicar outro por considerar que a vereadora já está em carreira solo, fora de seus domínios. Wilma de Faria deseja apresentar um nome dela, da cozinha dela. Pode não ser da família, mas tem de ser ligado a ela.

E ao desistir da candidatura à Prefeitura de Natal, Wilma de Faria já fez o primeiro gesto em favor de Carlos Eduardo Alves: ela pediu aos vereadores do PSB que votem pela aprovação das contas do ex-prefeito em votação nesta terça-feira (22). Carlos Eduardo já perdeu a parada na Comissão de Finanças e pode sofrer o revés no plenário da Câmara Municipal de Natal. O apoio de Wilma pode ter chegado em boa hora para Carlos Eduardo.

Ana Maria Braga chora ao vivo ao falar de morte de funcionário

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR, com informações de O Fuxico
Depois de mostrar diversas matérias durante o programa, Ana Maria Braga deixou a emoção para o final. Com a voz embargada, a apresentadora do Mais Você, da Globo, lamentou a morte de Wellington Marluze, um funcionário da sua produção, que sofreu um acidente de moto em São Paulo, na última segunda-feira (21).

Com os olhos cheios de lágrimas, Ana Maria mandou um recado para a filha de  Wellington Marluze, Juliana, que, segundo a apresentadora, tem um ano de idade. “Juliana, você tem um ano de idade, mas, quando você crescer, você vai ver isso aqui e vai ter orgulho do seu pai ao saber que ele fez muita diferença para a gente aqui”, disse Ana Maria, que pouco conseguia falar.

Enquanto a apresentadora falava sobre a dedicação de Wellington, algumas matérias que o cinegrafista participou, inclusive, uma que ele teve que abrir 47 porteiras para a produção do programa passar, foram exibidas no programa.

MP quer condenação de Lauro e mais doze

O Ministério Público Federal apresentou ontem as alegações finais do processo da Operações Hígia. O MPF pede a condenação de treze pessoas envolvidas nas investigações. Entre os que foram acusados pelos procuradores da República, estão o advogado Lauro Maia, filho da ex-governadora Wilma Maria de Faria; e João Henrique Lins Bahia Neto, que foi secretário estadual adjunto de Esporte e Lazer.
  Durante operação, em 2008, policiais apreendem documentosDurante operação, em 2008, policiais apreendem documentos

Para o MPF/RN, as provas e os depoimentos confirmaram a participação desses acusados (veja lista abaixo) no esquema fraudulento para firmar e prorrogar, ilegalmente, diversos contratos com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), entre 2005 e 2007. Os contratos de prestação de serviços mantidos de forma ilícita com a Sesap estavam relacionados à higienização hospitalar, ao Samu Metropolitano de Natal e ao Programa Farmácia Popular.

As alegações finais, para o Ministério Público, "demonstram a autoria das condutas atribuídas na denúncia, tais como formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, tráfico de influência e crimes contra a Lei de Licitações".

O MPF informou ontem que, para chegar às conclusões apresentadas, teve como base as informações obtidas por intermédio da Controladoria Geral da União, além de interceptações telefônicas, depoimentos, documentos, agendas e arquivos  de computadores, apreendidos desde a investigação policial.

A partir de agora, cada um dos réus apresentará suas alegações finais e depois a Justiça Federal potiguar julgará a Ação Penal nº 0003314-80.2009.4.05.8400.

Denúncias

Entre as práticas denunciadas, o processo confirma acordo entre os empresários Anderson Miguel, Mauro Bezerra, Herberth Florentino, Edmilson Pereira e Francisco Alves de Sousa Filho, denominado "pacto de partilha ou banda", em que tanto as empresas contratadas ilegalmente quanto as que apenas apoiavam o esquema eram beneficiadas. "Como se vê, nesse jogo todos eles ganhavam, o vencedor do certame e os derrotados", enfatiza o MPF/RN nas alegações finais. O acordo também estabelecia cota financeira, definida como manutenção, destinada a servidores públicos e pessoas influentes junto ao Governo do Estado, para que a Envipol, A&G e Líder tivessem os contratos renovados e para conseguir agilidade na liberação de pagamentos.

A combinação foi revelada pelos denunciados Anderson Miguel e Jane Alves, que chegaram a dar detalhes de como funcionava a quadrilha. Jane Alves disse que era exigido dela e de Anderson Miguel em torno de 10 a 15% do valor do contrato, a título de propina, sob pena de ser lançada nova licitação e de ser retido o pagamento. Ela revelou ter entregue pessoalmente, por duas vezes, o pagamento da propina a Lauro Maia.

Em depoimento, Anderson Miguel afirmou que ao longo de três anos efetuou tais pagamentos, e calculou que o total pago como propina chegou a R$ 3 milhões, repassados indiretamente a Lauro Maia para liberação do dinheiro dos contratos.

Apesar de existirem alguns indícios de envolvimento do então servidor da Sesap, Genarte de Medeiros Brito Júnior no esquema, o MPF/RN não reputou que eles fossem suficientes para condenação, tendo pedido a absolvição deste acusado. Além disso, em virtude da morte de Anderson Miguel da Silva, assassinado em 1º de junho de 2011, foi requerida a extinção da punibilidade em relação a ele.

O MPF/RN considerou que Jane Alves apresentou esclarecimentos importantes e, como uma forma de prestigiar a delação premiada, pediu que a Justiça Federal conceda à ré os benefícios previstos na Lei nº 9.807/99.

A Operação Hídia foi deflagrada em 13 de junho de 2008. O advogado e empresário Anderson Miguel da Silva, um dos envolvidos no esquema, foi executado quando estava no escritório de advocacia dele, no dia primeiro de junho de 2011.

Inscrições para vestibular de educação a distância encerram nesta quarta-feira

A, dia 24. O início das aulas estão previstas para o segundo semestre 2012.

Estão sendo ofertadas 2.085 vagas nos cursos de licenciatura, distribuídas nos diversos polos do Estado do  Rio Grande do Norte.

As inscrições estão sendo feitas, exclusivamente,  via internet, através do portal da Comperve. Onde estão disponíveis o edital e o formulário de inscrição.
s inscrições para o vestibular da UFRN de cursos de graduação a distância se encerra amanhã

O processo seletivo está aberto aos candidatos portadores de certificado de conclusão do ensino médio ou curso equivalente.Será realizado nos polos de Caicó, Caraúbas, Currais Novos, Extremoz, Grossos, Guamaré, Luis Gomes, Macau, Marcelino Vieira, Martins, Natal, Nova Cruz e Parnamirim.

As vagas estarão distribuídas entre os cursos de licenciatura em Ciências Biológicas, Educação Física, Geografia, Letras, Pedagogia, Química, Matemática e Física.

As provas serão realizadas dia 3 de junho, em locais a serem definidos pela Comperve e cuja divulgação ocorrerá a partir do dia 30 de maio.

*Fonte: UFRN

Seca reduz oferta de água e castiga população do sertão


Nos últimos meses, a seca que assola o sertão potiguar tem reduzido a oferta de água e levado o homem do campo a caminhar quilômetros em busca de algum reservatório. Nos onze municípios percorridos pela equipe da TRIBUNA DO NORTE a dificuldade é a mesma. A demanda aumentou devido à escassez na zona rural, entre 20 e 30%, mas não há água em quantidade suficiente para atender a todos, diariamente.

Alguns municípios já fazem o racionamento da água para evitar um colapso no abastecimento, como é o caso das cidades de Santa Cruz, São Paulo do Potengi, Lajes e São Tomé, abastecidas pela adutora Monsenhor Expedito. Atualmente, esse sistema adutor atende cerca de dez vezes mais do que estava previsto. Projetada para atender 22 cidades e cinco comunidades rurais, a adutora destina água para 30 municípios e 250 comunidades rurais.

No caso dos municípios de São Tomé e Santa Cruz já existe uma crise aguda no abastecimento, inclusive nas cidades. Em Santa Cruz, segundo o prefeito José Péricles, o Sistema de Abastecimento de Água e Esgotos (SAAE) tem feito rodízio no bobeamento. Nenhum dos bairros tem água corrente todo dia. A SAAE recebe, por mês, 180 mil metros cúbicos de água, quando precisaria de, no mínimo, o dobro.

Atualmente, as 1.500 cisternas existentes na zona rural estão todas secas. "Precisamos abastecer todas essas cisternas com água potável", disse o prefeito, "mas não temos água suficiente". Normalmente, nas áreas atendidas pela rede de abastecimento, quando chega água as pessoas enchem baldes e tanques, ou cisternas, porque sabem que vai demorar de dois a três dias, ou até uma semana, para voltar às torneiras.

Em Santa Cruz, a esperança é a Operação Pipa, comandada pelo Exército, que até a semana passada não tinha sido retomada pela dificuldade de contratar pipeiros, que lucram mais com a venda particular. Dependendo da distância a ser percorrida, eles chegam a cobrar de R$ 70,00 a até 120,00 para fazer a entrega de 8 mil litros de água. Segundo o prefeito, eles não querem trabalhar pelo preço estipulado pelo Exército.

A TN tentou falar com o responsável pela Operação-Pipa no Rio Grande do Norte para atualizar os dados quanto a retomada do programa e sobre os valores pagos, mas não obteve sucesso. A prefeitura está cadastrando novos pipeiros que possam aceitar o valor que é pago pelo Exército. Enquanto isso, a operação-pipa continua parada em Santa Cruz.

O racionamento também é forte em São Tomé. Com área de 880 quilômetros quadrados - o equivalente a quatro vezes Natal -, o município, que tem 50% de sua população na zona rural, vive uma crise sem precedentes no abastecimento de água.  Uma semana antes de a equipe da TN chegar a cidade as escolas foram obrigadas a dispensar os alunos mais cedo por falta de água. "Não tinha água para fazer a  merenda. Hoje, a água está totalmente racionada. A adutora não consegue atender a demanda", afirmou o vice-prefeito, Miguel Salustiano.

O problema nas escolas foi resolvido, segundo Miguel, porque a prefeitura deu prioridade à rede escolar no abastecimento por carros-pipa. Quatro carros-pipa, pagos pela prefeitura, suprem a carência de água. No ano passado, a prefeitura de São Tomé ampliou, com recursos da Funasa, em sete quilômetros a rede de abastecimento para abranger as comunidades de Barra, Bela Vista, Mulungu, Pedra Preta e Carnaúba, mas a extensão está inoperante.

"A Caern diz que não tem como atender porque a adutora não suporta", explicou o prefeito, Anteomar Pereira. O município tem 1.300 cisternas com capacidade para 16 mil litros de água, cada uma, mas a maioria está seca ou em vias de secar. Na zona rural, em alguns dos 83 povoados, o acesso é difícil. Somente o trator pode subir com a pipa para levar água, o que dificulta ainda mais o abastecimento.

Adutora trabalha acima do que foi pactuado

Ao passo que acelera a evaporação, a estiagem provoca um aumento no consumo de água entre 20 e 30%. No caso das cidades abastecidas pela adutora Monsenhor Expedito o que dificulta o abastecimento é que a adutora já está trabalhando acima do teto estabelecido em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com o Ministério Público Estadual, que é de 39 metros de profundidade na captação de água da Lagoa do Bonfim.

Segundo informações da Caern essa cota já está em 39,82 metros de profundidade, ou seja, 82 centímetros acima da cota definida. No momento, são captados da Lagoa do Bonfim cerca de 950 metros cúbicos de água, o que equivale a 22,8 mil metros cúbicos de água captados por dia. Com a previsão de chuvas para o litoral potiguar, já a partir do mês de maio, os técnicos da Caern acreditam que haja uma aumento da lâmina d'água.

"A Caern alega que não tem como ultrapassar ainda mais essa cota e aumentar a nossa vazão", afirmou o prefeito de Santa Cruz, José Péricles. Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Gilberto Jales,  para reduzir a captação de água na Lagoa do Bonfim já foram perfurados 12 novos poços. "Já temos o sistema de interligação entre o reservatório desses poços e a adutora Monsenhor Expedito", detalhou Jales, "e agora estamos trabalhando na automação do sistema". A previsão é de que as obras sejam concluídas este ano.

A meta é aumentar a vazão de água para 900 mil litros por hora.  Com a obra, o sistema adutor passará a atender uma população de 240 mil pessoas. Atualmente, o sistema produz 1,7 milhão de litros de água por hora, atendendo cerca de 200 mil pessoas. Em Santa Cruz, dos onze açudes, cinco estão completamente secos. Em outros a água que restou é imprópria para o consumo humano e a tendência é que com a estiagem, que segundo previsões dos institutos de meteorologia, deve persistir por mais nove meses, a situação se agrave.

O Sistema Adutor Agreste/Trairi/Potengi, abastecido pela Adutora Monsenhor Expedito, entrou em operação em 1998 e teve a primeira etapa concluída em 2000. As últimas cidades que ingressaram no sistema adutor foram as de Campo Redondo, Japi, São Bento do Trairi, Serra de São Bento, Monte das Gameleiras, Jaçanã e Coronel Ezequiel, em 2007.

Estado tem 820 poços sem uso, segundo Semarh

Rios secos, açudes esturricados ou com nível muito baixo de água e cacimbas quase esgotadas são  paisagem de um cenário comum no semi-árido potiguar. Todos os dias, sob sol forte, homens percorrem quilômetros em carroças puxadas por jumentos magros; mulheres atravessam fazendas e sítios a pé para pegar dois ou três baldes de água; carros-pipa adentram o sertão por estradas carroçáveis para abastecer as comunidades rurais.

Na zona rural de Caicó, às 9 horas, a agricultora Francinilda Medeiros, 43 anos, já tinha carregado em um carro de mão cinco baldes grandes de água para consumo dos animais e lavagem de roupas. Pelo menos, uma vez por semana, Fracinilda chega a caminhar mais de uma hora a pé para buscar água no açude da fazenda Almir Costa - o único da região que ainda tem água. Na bacia hidrográfica do Estado a média da reserva de água fica entre 50% e 70%, tendo açudes com manancial abaixo de 25%.

Na zona rural de São Tomé, o assentado Francisco Martins dos Santos, 30 anos, pega água num poço nos arredores do Assentamento Anita Garibaldi. "É a única água que tem e é ela que a gente tem que usar, pra tudo", comentou ao terminar de encher o tonel e partir na carroça. Na comunidade de Mulungu, sertão de Lajes, Maria do Socorro Pereira da Silva, 56 anos, não tem a mesma sorte. A terra esturricada não 'faz água'. No povoado, não há poços tubulares, e os açudes próximos estão secos.

Em Tangará, a zona rural está sendo abastecida com carros-pipa e a cidade já tem problemas no abastecimento. A situação poderia ser amenizada, segundo o prefeito José Eduardo de Carvalho, se os poços perfurados estivessem funcionando. No município, pelo menos, 40 poços, estão inoperantes. No estado, são 820 sem uso. Eles foram perfurados, mas não chegaram a receber os equipamentos necessários à captação de água, e o custo da instalação seria da ordem de R$ 14 milhões, recurso que, segundo Gilberto Jales, titular da Semarh, o governo ainda aguarda.

Segundo ele, os R$ 2,3 milhões que o governo assegurou são para recuperação de 140 poços em atividade e devem ser liberados até a próxima semana. Para municípios que possuem poços que apresentam água salgada, o governo distribuirá dessalinizadores. São 40 municípios que receberão os equipamentos. A meta é atingir 68 poços nas regiões Central e Seridó.

ENTREVISTA
José Péricles, prefeito de Santa Cruz

"Hoje estamos totalmente dependentes da adutora"

Como está o abastecimento de água no município?

Nós não captamos água, recebemos da Caern, através da adutora Monsenhor Expedito, mas a quantidade de água que chega à cidade não é suficiente. O que a cidade precisa é ter o fornecimento de uma maior quantidade de água, uma vazão maior, para poder atender toda a população. Hoje estamos totalmente dependentes da adutora Monsenhor Expedito.

Essa redução no volume de água ofertado pela Caern deve-se à estiagem?

Na verdade, o projeto da adutora era para atender a cidade de Santa Cruz até 2016, mas após a inauguração várias outras cidades foram sendo incorporadas ao ramal, sem qualquer ampliação do sistema. A vazão já está estourada.

Já há racionamento de água?

Como não temos reservatório de grande porte,  bombeamos a água diretamente na rede, e não é possível manter esse bombeamento direto. Teríamos um colapso muito rápido. Por isso, a cidade é toda abastecida por rodízio. A água é bombeada para os bairros, sequencialmente, durante a semana.

O que tem sido feito para suprir a falta de água?

Nas partes altas da cidade onde o abastecimento pela rede demora mais nós suprimos a necessidade com carros-pipa, pagos pela prefeitura. No hospital, que fica na parte alta, a gente mantém um caminhão já direto para abastecer e não deixar faltar água.

Pode haver um colapso no abastecimento?

Esse é o nosso grande medo. Temos receio que os recursos federais demorem muito a chegar nos municípios e aconteça um problema maior. Nós já estamos sentindo na pele a falta da água. Então é preciso agilizar a Operação Pipa para amenizar, principalmente, a falta de água no campo. O município tem 1.500 cisternas, todas secas e que precisam ser abastecidas. E não podemos ver somente o ser humano, tem todo um rebanho, os animais que precisam da água.

A prefeitura já enviou a documentação para ter acesso aos recursos federais?

A prefeitura já apresentou toda a documentação para reconhecimento federal da emergência. Esperamos a liberação imediata dos recursos para que possamos encaminhar as ações. Sabemos que mudar vazão da adutora não é tão fácil, tem que obra bem maior, mudar tubulação, equipamentos, bombas, então a gente espera que chegue o mais rápido a ajuda emergencial do carro-pipa.